O que é injeção intravítrea?
Injeção intravítrea é uma modalidade de tratamento na qual o fármaco (medicamento) é aplicado dentro olho, motivo pelo qual essa técnica também é conhecida como injeção intraocular.
Os principais medicamentos utilizados são os antiangiogênicos (anti-VEGF) tais como: bevacizumab (Avastin), ranibizumab (Lucentis), aflibercepet (Eylea). Em casos inflamatórios podemos se utilizar de corticoides como a triancinolona ou dexametasona (Ozurdex). Contextos infecciosos injetamos antibióticos ou antifúngicos.
Como é o tratamento de injeção intraocular?
O tratamento consiste na aplicação da medicação diretamente na região interna e posterior do olho chamada Vítreo (ou Humor Vítreo). O procedimento é rápido, aplicado sob condições assépticas em centro cirúrgico ou sala de pequenas cirurgias e sob anestesia tópica. O processo pode gerar pequeno desconforto, dor leve ou até mesmo ser indolor. O paciente é liberado para casa no mesmo dia sem necessidade de internação.
Qual a duração do tratamento e intervalo entre as aplicações intraoculares?
O tempo de tratamento vai depender da doença, do tipo de medicamento utilizado e da estratégia adotada pelo seu médico. Geralmente em casos de uso de antiangiogênicos (anti-VEGFs) o intervalo entre as aplicações é mensal. Situações que usamos corticoides geralmente respeitamos um intervalo de 3-4 meses para repetir o procedimento. No contexto infeccioso quando aplicamos antibiótico podemos reinjetar em 48 horas.
Quais doenças são tratadas por essa técnica?
As doenças mais comuns e com maior importância terapêutica são degeneração macular relacionada à idade (DMRI) em sua forma úmida, retinopatia diabética, edema macular diabético, oclusão de veia central da retina com edema macular cistoide e membrana neovascular do alto míope.
Degeneração macular relacionada à idade (DMRI): causa lesão e desgaste na mácula região responsável pela visão de detalhes. Nesta doença são formados novos vasos sanguíneos abaixo da retina causando embaçamento visual. Esta é a forma úmida a qual é a menos comum, porém mais grave se não for tratada.
Retinopatia diabética: é uma complicação do diabetes que pode dificultar a visão, levando até a cegueira. Alguns casos antes de cirurgia de retina para operar retinopatia diabética avançada precisamos injetar antiangiogênicos intravítreos de 3 a 7 dias antes do procedimento.
Edema macular diabético: pode ser considerado uma complicação da retinopatia diabética.
Oclusão de veia da retina com edema macular cistoide: casos de oclusão com inchaço (edema) da região central da visão (mácula) tem indicação de injeção intraocular.
Alta miopia: alguns casos de alta miopia podem desenvolver diminuição da visão em virtude do desenvolvimento de membrana neovascular subretiniana na região central da visão (mácula). Nestes casos, também há indicação de injeção intravítrea.
Endoftalmite: casos mais leves de infecção intraocular podem ser tratados com injeção intraocular de antibióticos ou antifúngicos.